Na densa névoa que envolve a memória,
De séculos passados, surge a história.
De um homem cuja sombra o tempo conduz,
TheEky, o andarilho, onde a honra reluz.
Nas cortes douradas de reis e imperadores,
Serviu TheEky, zeloso entre os doutores.
Com espada ao lado e saber na mente,
Fez-se conselheiro, braço diligente.
Viu coroas erguerem-se, outras cair,
Nas tramas do poder, aprendeu a insistir.
Mas sua alma ansiava além do ouro e do aço,
Pelas terras que sussurram histórias no espaço.
Uma noite escura, sob a lua encoberta,
Deixou ele os portões, sua jornada desperta.
Os ventos noturnos sopraram-lhe ao rosto,
Chamavam-no ao longe, ao mais estranho posto.
Cruzou desertos onde o silêncio é rei,
E mares bravios onde a morte flertou.
Nas florestas cantantes, segredos colheu,
E em montanhas de gelo, sua força venceu.
Nos confins onde o sol tem medo de brilhar,
TheEky achou povos e seus modos de amar.
Ergueu-se amigo, tornou-se um irmão,
Em cada novo reino, um pedaço do coração.
Dos sábios herdou o poder das palavras,
Dos guerreiros, a coragem que nada desaba.
Dos humildes, a lição de governar com brandura,
Para moldar um império de glória futura.
Agora retorna, os ventos a seu lado,
Na noite escura, seu destino é traçado.
A terra que o viu partir em abandono,
Agora o acolhe, com o vento em seu trono.
“Ó filhos da noite, sigam minha bandeira,
O brilho das estrelas será nossa maneira!
Fundaremos um reino, que não é de ferro ou pedra,
Mas de honra e glória, onde o espírito medra.”
Com mãos calejadas, ergueu o império,
Cada pilar, um fragmento do mistério.
Dos ventos noturnos, trouxe a inspiração,
E dos mundos distantes, a nobre lição.
Agora reina, mas jamais esquece,
Os passos errantes e o frio que aquece.
TheEky, o que vagou pelos ventos do além,
Torna-se lenda, cujos ecos não têm fim.